O principal objetivo deste Blogue é dar a conhecer as diversas áreas de intervenção de um Terapeuta da Fala e qual o seu trabalho nas mesmas.

sábado, 2 de abril de 2011

Dia Mundial da Consciencialização do Autismo


O Autismo é uma perturbação do desenvolvimento que se expressa logo nos primeiros anos de vida e, ao longo de toda a vida. Os portadores de Autismo apresentam dificuldades na comunicação (verbal e não verbal), na socialização e na capacidade imaginativa, manifestando ainda interesses reduzidos, comportamentos repetitivos, estereotipias motoras e reatividade sensorial invulgar.

As causas do Autismo são ainda desconhecidas, porém acredita-se que a origem deste tipo de perturbações esteja em anomalias, em alguma parte do cérebro, ainda não definida de forma conclusiva e, provavelmente, de origem genética. Além disso, admite-se que possa ser causado por problemas associados a factos ocorridos durante a gestação ou no momento do parto.

Quanto à prevalência sabe-se que tem aumentado, sendo que a nível internacional é considerado que em cada 10.000 5 indivíduos apresentem autismo “clássico” e que para cada 1.000, 1 a 2 apresentem diagnósticos alargados (qualquer Perturbação do Espetro do Autismo (PEA)). É confirmado que incide maioritariamente no sexo masculino do que no feminino (4 para 1), porém existe distribuição relativamente igual pelas diferentes classes sociais e em diferentes culturas.

Ainda não existe cura para as PEA, mas afirma-se que com intervenção e educação precoces e adequadas, suporte às famílias e aos profissionais e criação de serviços de alta qualidade na comunidade, melhoram significativamente a vida das pessoas com PEA e das suas famílias.

Relativamente ao diagnóstico, é vulgarmente realizado por volta dos 3 primeiros anos de vida, no autismo “clássico” ou quando ocorrem atrasos de desenvolvimento. Caso não haja atraso significativo da linguagem (como por exemplo na P. de Asperger), o diagnóstico pode ocorrer por volta dos 7 anos de idade.

São recomendadas avaliações às crianças perante os sinais de alerta, que são: Não palrar; Não apontar nem usar gestos por volta dos 12 meses; Ausência de palavras simples pelos 18 meses; Ausência de frases espontâneas de 2 palavras pelos 24 meses; perda de linguagem ou de competências sociais (em qualquer idade).

A intervenção da Terapia da Fala com as pessoas portadoras de PEA tem como objetivo principal, melhorar a comunicação da criança com o seu meio, devido à grande importância que a comunicação representa para o desenvolvimento, pelo que será necessário ajudas cada um dos protagonistas nestas trocas, ou seja, a intervenção do Terapeuta da Fala não diz respeito apenas ao portador, mas sim a todas as pessoas que o envolvem (família, amigos, educadores, etc.).

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