O principal objetivo deste Blogue é dar a conhecer as diversas áreas de intervenção de um Terapeuta da Fala e qual o seu trabalho nas mesmas.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012


Perguntas Frequentes

De seguida, passo a citar algumas das perguntas que me são feitas mais frequentemente, esperando que seja assim capaz de auxiliar nas dúvidas de outras pessoas.


1. O meu filho tem dois anos e meio e começou a gaguejar, será gago? 
     Por gaguez entende-se que é uma perturbação da fluência da fala, na qual o indivíduo repete ou prolonga sílabas ou realiza pausas na produção de palavras.
     Entre os 2 e os 4 anos podemos observar o que se chama de "gaguez fisiológica", ou seja, considerada como não patológica, isto devido às grandes aprendizagens contínuas da linguagem, bem como devido ao processo do pensamento rápido e à necessidade de querer dizer tudo de forma rápida.
    Nestes casos as crianças não podem ser consideradas gagas, sendo que o trabalho do Terapeuta da Fala dirigi-se à prevenção, havendo apenas a necessidade de aconselhamento (à criança e aos seus interlocutores), para que estas não passem a ter gaguez patológica.

2. O meu filho tem 5 anos e não diz o som /r/, há algum problema?
          Sabe-se que na Língua Portuguesa (de Portugal), os sons /r/ e /l/, para além de serem muito parecidos, são dos últimos a serem adquiridos de forma consistente, ou seja, há uma maior dificuldade de produzi-los devido à sua articulação e também pelo facto de estes sons estarem presentes em variados contextos (entre duas vogais, depois de uma consoante, antes de uma consoante, etc). Quando apenas o som /r/ é omitido/substituído, com 5 anos é aconselhado consultar um Terapeuta da Fala, que realize uma avaliação adequada ao caso do seu filho, antes do seu ingresso no ensino primário, pois aí é benéfico ter as competências a nível da linguagem e da fala adquiridas.

3. Costumo ficar rouca, é normal?
          Não podemos afirmar que é normal estar rouco, pois este é um sinal que indica que alguma coisa não está bem com as nossas cordas vocais. Porém, é comum isto acontecer, em casos de gripes, alergias, ansiedade, etc. Caso a rouquidão dure mais do que 10 dias deverá consultar o Médico Otorrinolaringologista (ORL), que irá analisar a sua laringe (onde estão as cordas vocais), verificando se apresenta alterações ou não. Se não apresentar alterações, todavia fica frequentemente rouco, deverá consultar um Terapeuta da Fala, para que este o aconselhe e o ajude na prevenção de patologias vocais. De outra forma, se apresentar alterações, para muitas delas as sessões de Terapia da Fala são benéficas, sendo capaz de diminuir o grau de rouquidão e, por vezes, de alterar a perturbação laríngea.


4. O meu filho tem 2 anos e não fala, que posso fazer?
          Todo o desenvolvimento humano depende de pessoa para pessoa, não havendo etapas fixas em cada idade, todavia existe uma sequência de aquisições as quais devemos percorrer. Inicialmente é importante verificar se o seu filho apenas não fala ou se não comunica. Nesta idade é normal as crianças não se pronunciarem bem, porém já deverão produzir ter competências referentes à linguagem e à comunicação, como: sorrir, reagiir ao nome, reagir aos sons, produzir sons. O meu conselho neste tipo de casos, é consultar o Terapeuta da Fala, pois é capaz de fazer uma avaliação correcta, adequando-se a cada caso e, se necessário irá orientar-lhe relativamente à estimulação da linguagem ou, até mesmo, mostrará a necessidade do acompanhamento nesta valência. 

5. Engasgo-me com muita frequência, o Médico disse para consultar 
o Terapeuta da Fala, mas eu sei falar...
          Os Médicos, neste tipo de casos, podem aconselhar as sessões de Terapia da Fala, pois como refiro neste blogue, não é um profissional responsável apenas pela fala, como é comum ser referido. Neste caso o Terapeuta da Fala irá avaliá-lo para verificar qual a sua dificuldade a nível da deglutição e, com variados exercícios, irá ajudá-lo a ultrapassar os engasgos, prevenindo aspirações dos alimentos.

6. Como sou adulto tenho vergonha de ir a consultas de Terapia da Fala, haverá alguma solução?
          Existem opções, mas não há razão para ter vergonha de frequentar as sessões de Terapia da Fala, pois cada vez mais as pessoas são alertadas para este trabalho e começam a entender que não é uma valência que apenas trata crianças ou idosos. Ocorrem alguns problemas durante a vida nos quais o Terapeuta da Fala pode intervir e, na minha opinião, não deve haver vergonha quando apenas queremos o nosso próprio bem. Se estiver mesmo contra frequentar estas sessões num lugar público, sempre tem a hipótese de contactar um Terapeuta que esteja disponível a realizar consultas ao domicílio (em sua casa). 


Não consegui resolver a sua dúvida? Não hesite, contacte-me. Podem fazê-lo por mail, através do: tfmarcoaveiro@gmail.com.


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Contactos:

Terapeuta da Fala Marco Aveiro:
         tfmarcoaveiro@gmail.com
 

Acompanhamento

Caso procure por acompanhamento nesta valência, passo a explicar como poderá fazer para tê-lo:



          No sector público (SESARAM, E.P.E.) deverá marcar consulta no seu Médico, de forma a que este dê a sua opinião e, se concordar que deverá ter acompanhamento pela Terapia da Fala deverá encaminhá-lo para a consulta médica no Serviço de Medicina Física e Reabilitação (Fisiatria), onde posteriormente, se houver necessidade, será encaminhado para o Terapeuta da Fala, no Hospital ou nos Centros de Saúde que usufruam deste profissional. Ou seja:
   

          Já no sector privado, poderá contactar directamente o Terapeuta da Fala ou o Local onde este exerce, de forma a marcar uma avaliação, que irá depender de caso para caso, analisando a necessidade de acompanhamento nesta valência. Este âmbito também é utilizado para realizar campanhas preventivas (rastreios, formações, entre outras) e para aconselhamento nas variadas áreas de intervenção.

         No âmbito domiciliário, no qual o Terapeuta da Fala desloca-se à sua casa, deverá entrar em contacto directo com o Terapeuta da Fala que, igualmente, irá planear uma avaliação adequada ao caso proposto e observará a necessidade de acompanhamento pela Terapia da Fala.

            Com o intuito de ajuda-lo a compreender se deve ou não procurar ajuda nesta área deixo, de seguida algumas perguntas. Caso responda de forma positiva a alguma delas deverá consultar um profissional, como anteriormente referido.


  • Tem dificuldades em comunicar?
  • Alguma parte da sua comunicação incomoda-o ou influencia a sua interacção social?
  • Não entendem o que você diz?
  • Troca sons na fala?
  •  Não compreende o que lhe dizem?
  • Não ouve o que costumam dizer-lhe?
  • Acha que a sua comunicação não verbal não se adequa à sua comunicação verbal oral?
  • Engasga-se frequentemente?
  • Costuma de ter escape de saliva?
  • Mastiga com apenas um dos lados?
  • Respira apenas pela boca?
  • Os seus movimentos orais e faciais são reduzidos?
  • A sua assimetria facial deixa-o descontente?
  • Tem dificuldades em aprender a ler e/ou a escrever?
  • Costuma de ficar rouco(a) e/ou com a voz cansada?
  • Ao falar repete sons/sílabas ou sente-se bloqueado(a) antes de dizê-las?
  • O seu bebé demonstra dificuldades na sucção (em chuchar/mamar)?


            Por fim, acabo apenas por referir que acho de extrema importância que, quando procurar um Terapeuta da Fala deverá certificar-se  que este possui Cédula Profissional, sendo este um documento obtido pela Administração Central do Sistema de Saúde e que confirma as habilitações necessárias para exercer esta profissão.

  Caso tenha alguma dúvida, não hesite em contactar - tfmarcoaveiro@gmail.com





Quem sou?




Sou o Marco Aveiro, licenciado em Terapêutica da Fala pela Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa, Mestre em Estudos Linguísticos pela Universidade da Madeira, Pós-graduado em Cuidados Continuados e Paliativos pela Cognos - Formação e Desenvolvimento Pessoal. Possuo Certificado de Competências Pedagógicas, pela Direção Regional de Qualificação Profissional. Sou membro colaborador do Centro de Investigação em Estudos Regionais e Locais (CIERL-UMa), na área dos Estudos Linguísticos.


Cédula Profissional n.º C-037389181, atribuída pela Administração Central do Sistema de Saúde, I. P.

Atualmente presto cuidados no setor público (Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM, E.P.E.), em contexto de Cuidados Primários (Centros de Saúde)).
Para além da formação referida anteriormente, realizei alguns cursos, de forma a aprimorar a minha técnica em algumas áreas de intervenção da Terapia da Fala, nomeadamente:


          - Abril / Maio de 2015:
                        Curso de Avaliação e Intervenção em Disfluências (Gaguez, Taquifémia e Taquilalia), EAD CTRD, ministrado pela Fonoaudiólogia Sandra Melro.


          - Junho/Julho de 2014:
                  Curso de Atualidades em Afasia, EAD CTRD, com a Fonoaudióloga Ivone Panhoca);

          - Maio de 2014:
                Curso de Avaliação e Reabilitação do Processamento Auditivo, EAD CTRD, com a Fonoaudióloga Fabíola Mecca;


             -Abril de 2013:
                Curso de Consciência Fonológica Vs Oralidade e Escrita (organizado pelo SESARAM, E.P.E., com a Profª Doutora Dina Caetano Alves);

          -Outubro de 2012:
                 Curso de Patologia Vocal (organizado pelo SESARAM, E.P.E., com a Profª Doutora Isabel Guimarães);

          -Setembro de 2012:
             Curso Prático de Disfagias Orofaríngeas (organizado pelo Instituto CRIAP e leccionado pela Terapeuta da Fala Mestre Adelaide Dias);

          -Fevereiro de 2011:
          Curso de Bases da Terapia Oromiofuncional (organizado pelo CTRD - Centro Terapêutico de Reabilitação e Desenvolvimento, com a Terapeuta da Fala Drª Aline Braga);
                 Curso de Mioterapia Estética da Face (Nível Básico, organizado também pelo CTRD - Centro Terapêutico de Reabilitação e Desenvolvimento e leccionado pela Fonoaudióloga Drª Patrícia Faro);
            Curso de Mioterapia Estética da Face (Nível Avançado, organizado também pelo CTRD - Centro Terapêutico de Reabilitação e Desenvolvimento e leccionado pela Fonoaudióloga Drª Patrícia Faro);

Outras formações:
          - Método DOLF
          - Participação no VI Congresso Nacional da APTF;
          - "Fendas Labiopalatinas: Evidências da Intervenção";
          - "Diversificação Alimentar e Desenvolvimento Motor Oral";
          - "Disfunção da Integração Sensorial";
          -"1º Congresso de Alunos de Terapia da Fala da UFP:
                 -"Intervenção em terapia da Fala";
                 -"Voz, Motricidadeorofacial e deglutição";
                 -"Audiologia e ORL";
                 -"Disfluência";
                 -"Perturbações do espectro do Autismo";
                 -"Fonologia".
          -"Voz - Uso profissional e patologias na infância e na idade adulta";
          -"Introdução à Fonoterapia";
          -"Workshop Teórico-prático de Disfonias";
          -"Análise de casos clínicos de idosos com queixas na alimentação e dificuldades na comunicação".

Como orador, já realizei algumas palestras/conferências, nomeadamente:
              -"Desenvolvimento da Linguagem", conferência integrante da Feira da Saúde de 2014 da Junta de Freguesia de Machico (Maio de 2014).
          -"Estimulação da Linguagem Oral e Escrita", projeto "Miúdos & Graúdos", promovida pela representação de pais da Direção Regional de Qualificação Profissional (Agosto de 2012).
          -"A nossa voz", no projeto "Miúdos & Graúdos", promovida pela representação de pais da Direção Regional de Qualificação Profissional (Julho de 2012).
          -"A voz - importância e os cuidados a ter", organizada pelo Centro Terapêutico de Machico, em parceria com a Junta de Freguesia de Machico (Julho de 2012).


Por fim, no mês de Maio de 2012, publiquei uma crónica na revista BizMadeira, intitulada por "O que é a Terapia da Fala?". É possível ler a crónica através deste blogue, na categoria "O que é a Terapia da Fala?".